sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Tempo passa, vida ecoa

Tempo passa
Tempo voa
Passa tempo
Tempo voa?

E sentimentos
Nos momentos
De quem os sente
Mas sempre mente

Quê dizer
Quê falar
Pra que fazer
Vou hesitar

Já pensei
Fugirei
Correndo a fora
Passa a hora


Arrependi
Que dor no peito
Porque fugir
Se ainda tem jeito

Preciso falar
Cansei de hesitar
Se não conseguir
Vou desistir

Qual presságio
Coração valente
Mas que plágio
Fugir da mente

Sonoridade abafada
Pureza da fada
Ecoa garganta
Ela me encanta

Amadurecendo, envelhecendo, lembrando

No mundo dos loucos, o tempo prega peças em você. Num momento você está sonhando, no outro já é real. Erros foram cometidos, esperanças foram perdidas e corações foram partidos.
Pelo menos ainda estou aqui, não sei como, apodrecendo no sol quente do Rio de Janeiro. Carrego pouco comigo, não tenho nada a oferecer, pois nunca fui dessas pessoas que possuem tudo na manga. Sou apenas eu, e meu coração, nada mais do que isso posso dar. Ainda tenho muito que aprender, pelo bem dela pelo menos. O tempo está correndo, e o poço está aumentando. Nem sempre serei amado de qualquer maneira.
Quero conseguir, preciso conseguir. Vou conseguir. Abrirei os olhos com um quadro em sua perfeita personificação na minha frente, o mar estará perfeito e o sol com sua radiante luminescência corando as nuvens e o céu de vermelho. O quadro estará incompleto ainda, será que estarei acompanhado ou sozinho com meus pensamentos e lembranças, que perdem a força, vão ganhando transparência. O temor da possibilidade de perder um momento em sua cabeça, ou pior, o temor de nunca ter vivido o momento. Momentos precisam ser vividos. Especialmente aqueles que não podem ser explicados, um olhar mais profundo, onde é visto mais do que se pode enxergar, mesmo por segundos, e a transe acaba ao ouvir “Volta a ver o filme”. Viva sua própria eternidade, nem que seja por um segundo.

Acredito que no fim você começa a pensar no começo.