sexta-feira, 29 de outubro de 2010

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Acordo sorrindo e chorando durmo

Os sentimentos mudam, constantemente.
Odeio não lembrar de como é sorrir quando estou a chorar. Não lembrar da sensação de um pulo quando estou doente. Mas o que me mata, no fundo do coração, é não lembrar de como me sentia no amor, quando estou destruído. Sei que era bom, mas porque não consigo sentir isso agora? Nem uma lembrança, pra dar um gosto.
Qualquer decisão pode ser errada, temo sentir-me ainda pior. Não me contento em ficar sozinho ao relento, versatilmente, tudo pode mudar. Posso sorrir mostrar os dentes á rasgar a boca de manhã, e ir dormir com uma tempestade em meus olhos.
Chama-se viver. Os sentimentos mudam, constantemente.

domingo, 17 de outubro de 2010

Rehab

Que te levou a faltar meu funeral? Se lá estivesses, nem funeral haveria. Que te levas a sumir de minha vida causando minha morte cardíaca como uma penitência de um pecado que não cometi. Dor tremenda seguida de solidão, abandonado com a mera esperança de que um dia renascerei. Desgraça desdita, que tragédia. Luz vermelha que me cega os olhos, será este o sol novamente? Revés da morte que me traz a vida novamente, porém com medo de flagelos. Agarro-me as arvores em suas plantas bagunçadas, ao primeiro som da ventania que açoita os campos indicando novo amor. Daqui não sairei mais, porém desta vez vou devagar, de fininho até sentir-me seguro.

Parece-me aos olhos tudo tão dócil que flui suavemente. O sentimento da morte cai em esquecimento, não há mais o que temer. Pulo novamente no mesmo poço que me sugou a vida uma vez e percebo que o coração pode adoecer, mas sempre voltará mais forte.